DeVuego BD

Reventure é um jogo extremamente divertido com várias homenagens a clássicos do género, mas que conta com a sua própria mecânica de jogo que o diferencia dos demais. É ideal para pequenas sessões e assenta que nem uma luva no formato portátil da Switch. Pode, no entanto tornar-se um pouco repetitivo e os gráficos, embora tenham um certo charme, são extremamente simplistas.

O ambiente visual é mesmo o melhor que Viviette oferece. O enredo misterioso, contado em "flashback", também instiga a curiosidade do jogador e explorar os recantos da mansão acaba por ser algo interessante, especialmente no início. O problema é que a dificuldade acima da média, aliada à repetitividade de acções acaba por tornar a experiência aborrecida e potencialmente frustrante.

Strikey Sisters é um jogo divertido que executa bastante bem a fórmula que Breakout apresentou em 1976. Tirando alguns momentos frustrantes e o diálogo doloroso, é um bom jogo que merece destaque entre os inúmeros clones de Breakout.

Cursed Castilla EX é, sem dúvida, um jogo bastante difícil. Aqui morre-se vezes e vezes sem conta. Mas quem estiver disposto a aceitar o desafio que o jogo oferece e não se deixe desanimar com os game overs vai rapidamente perceber que nunca chega a ser injusto, vai aprender a dominá-lo e vai conseguir tirar mais valor do que à superfície por si só já tem. Com uma variedade de desenho de níveis louvável, estas duas horas condensam-se numa das melhores cartas de amor ao passado dos jogos de plataformas de acção.

Metroid: Samus Returns é o Metroid que todos esperavam. Inovador mas fiel às suas origens, desponta numa aventura digna da sua herança. Com uma longevidade surpreendente e uma jogabilidade intuitiva, é uma proposta muito bem desenvolvida que vai agradar tanto a veteranos como a recém-chegados.

Em suma, Nihilumbra é mais um daqueles jogos que pretende ser uma experiência mas neste caso a experiência encontra-se bastante bem conseguida e enquadrada num jogo que só não entretém mais devido à sua disparidade no nível de dificuldade entre a primeira e a segunda parte. Quem gosta de jogos de plataformas com mecânicas inovadoras, de jogos que fazem experienciar diferentes sentimentos e não tiver problemas em ficar um pouco deprimido deve dar uma hipótese a Nihilumbra.

Spy Chameleon é um óptimo jogo para sessões curtas. Apresenta uma jogabilidade simples capaz de oferecer um domínio rápido a qualquer jogador. Pela frente estão setenta e cinco níveis em que nem sempre se encontra uma dificuldade gradual. Apesar de oferecer várias horas de jogo, sente-se a falta da componente online e que certamente seria capaz de proporcionar um maior valor competitivo.

99Moves não tem grandes ambições e é relativamente barato, mas não deixa de ser uma proposta insípida de valor muito passageiro. Só os fanáticos por desafios retro é que serão capazes de lhe dar uma oportunidade.

Em suma, Rock Zombie tenta ser muita coisa e falha rotundamente em tudo excepto na banda sonora. Alguém que não soubesse que tal não é possível na Wii U pensaria que este jogo se encontrava numa fase “Early Acess” mas tal, obviamente, não é o caso. Para quem procura um beat’em up novo para jogar, o melhor será continuar a procurar. Quem apenas quiser ouvir umas boas músicas em estilo Indie Rock, é aconselhado a comprar o jogo, lançá-lo sem ninguém o jogar e deixar o Rock tocar.

Os alicerces de Super Toy Cars são aceitáveis, com conteúdo generoso e visuais interessantes, mas o jogo falha na fluidez das corridas. Isto num jogo de cariz marcadamente arcade é um ponto negativo demasiado óbvio. Super Toy Cars é um título mediano, mas longe de ser recomendado.

Em suma, Darts Up não é um jogo para os aficionados do género nem para os jogadores que apenas se querem divertir com os amigos. É um jogo que pega numa premissa que até poderia funcionar numa consola como a Wii U mas que a destrói de tal modo que se alguém o tentar fazer correctamente, terá sérias dificuldades em apagar a imagem que o jogo deixa.

Ice Cream Surfer tem uma apresentação digna e nota-se que a produtora se divertiu a produzir o jogo. Consegue divertir com toda a temática, variedade de personagens tanto jogáveis como inimigos e proporciona um bom desafio sem ser frustrante. Tem quebras de frame rate pontuais, não é muito dificil e a longevidade pode ser demasiado curta para alguns. Os apreciadores dos shooter arcade têm aqui uma boa proposta dentro da vertente humorística que faz jus às aventuras de outrora. Mais uma confirmação que o género está vivo e recomenda-se, mesmo com todas as condicionantes.

Cubit The Hardcore Platformer Robot deixa um sabor amargo. O conceito simples é muito interessante para pequenas sessões numa portátil, mas acaba traído por alguns problemas na execução dos saltos. A frustração tenderá a crescer com o acumular de vidas perdidas, muitas vezes relacionadas com pequenas falhas na jogabilidade. Este é um jogo de plataformas muitíssimo exigente, mas seria de esperar mais polimento em pontos fundamentais. Apenas os que procuram experiências de dificuldade muito elevada devem dar uma oportunidade ao robô Cubit.